12 de jul. de 2011

Consumado



Estou sentado na cama chorando inconsoladamente. Choro como um ser perdido, rejeitado por todos. Pareço uma criança procurando respostas para os seus porquês. Mas será que ninguém pode me consolar? Será que alguém pode ouvir as minhas perguntas?

Dos meus olhos jorram cascatas amargas, o meu coração sangra perdidamente, a mente vagueia por abismos recônditos. Abismos solitários, assombrados pelo fantasma do destino. Destino frio, cruel, que maquina a passos lentos para consumir a minha alma, a vontade de viver.

Eu vejo tudo desabando, os sonhos a escaparem por entre os dedos, as minhas forças a derreterem e à minha volta, nada sustém as minhas esperanças. Reclamam de mim o tesouro mais valioso, o meu ar, o meu sangue. Eu apenas me limito a sofrer, nada mais poderei fazer a não ser chorar. Chorar pelos nossos meses juntos, pelos beijos que não demos por conta de birras idiotas. Por todos os momentos que eternizaram um amor roubado. E assim eu parto, rumo a um futuro que temo. Sozinho, esquecido nas lembranças de qualquer um. Obrigado por tudo, por me fazer te amar, por me aceitar.  

Bruno G. Weldt

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