17 de dez. de 2014

Desabafo



Dói bastante. Dói se sentir sozinho. Dói sentir este vazio dentro do peito. Dói não ter a quem amar ou querer amar e não ter a chance. Estou só e não é de hoje. Mas talvez mereça tudo isto.

Estou só. Sem ninguém para me acompanhar, sem um toque, sem uma voz que me faça delirar. Não tenho ninguém que pergunte como foi meu dia, se estou cansado, se sinto dores. Nada. Apenas um silêncio, apenas vozes que não são a que eu quero ouvir, que não me preenchem. Cansei de ser sobrevivente, quero viver, quero amar. Quero um amor, mas um amor de verdade. Não desses que prometem ficar e somem. Não desses amores virtuais, que roubam a essência do verbo amar. Amar é toque, é beijos, é mãos entrelaçadas pelas ruas da cidade.

Bruno G. Weldt

14 de dez. de 2014

Amor Incapaz



Não sei porque me fez te amar, se na realidade não tinha intenção de ficar. Você me iludiu, fazendo acreditar que nossos caminhos mais cedo ou mais tarde se iriam encontrar. Você me deu asas e eu voei, perdido em suas palavras doces. Larguei tudo e todos ao meu redor, só para te ver feliz. Confiei demais em promessas que foram jogadas no lixo. Acreditei demais no teu amor limitado, incapaz de ultrapassar as barreiras que se apresentavam entre nós. Você me amou sem querer me ver. Você me amou dessa forma doida e esquisita de amar, que eu confesso, não entendo. Você foi incapaz de correr atrás daquilo que dizia que mais amava. Lembra? Você me dizia isso. Eu era a tua vida. Como se deixa da vida assim, sem um último suspiro, sem um último olhar?

Vou me desligar de você, nem que para isso tenha que perder noites na solidão do meu quarto, com o rosto lavado em lágrimas e gemendo. Ainda que o coração no oculto te chame e as memórias me sufoquem, lá na frente terá alguém, um nome, que será escrito em mim.

Bruno G. Weldt